Ler?

A velha vontade de escrever chegou acompanhada de outra: a vontade de ler.

Precisava mesmo voltar a ler meus livros e revistas – do filósofo malucão Nietszche ao malucão filósofo Andre Dahmer; da idiota Veja à idiota piauí. (Percebam que o adjetivo idiota pode ser bom OU ruim.)

Olhei minha simples coleção de livros e… já li tudo. Folheei as páginas da Veja e… nenhuma denúncia bacana. Procurei minha piauí e… cancelaram minha assinatura (FILHOS DA PULTA). Superinteressante nunca deixei de ler. E os livros que eu tenho foram presentes, não compras minhas – bons livros, é verdade, mas que só aumentaram minha vontade de ler quando os peguei para uma nova leitura.

Então passei a mão no meu dinheiro mágico, também conhecido como cartão de crédito empresarial, e fui à compra de bons livros. Aproveitei que no sábado fui buscar os presentes de uma amiga na Livraria Cultura da Paulista (virou até nome composto) e li algumas obras que já tive contato recente.

Comprei “O Livro Negro de André Dahmer”, lá do Malvados. Uma deliciosa reunião de suas tiras publicadas na internet e em alguns jornais. Com muito humor negro, Dahmer é mordaz e provocante. Pra quem achava Allan Sieber um gênio, André Dahmer é Deus.

André Dahmer, o humorista que não ri

E comprei o primeiro livro da coleção O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. Esse é um caso estranho: eu conheço a história, já sei de tudo e, claro, também assisti ao filme (medíocre, por sinal). Mas NUNCA tinha lido todo o livro. Tenho vergonha de mim mesmo por isso.

Douglas Adams é sensacional. Seu humor britânico é único, até pelos britânicos não terem lá muito humor (há exceções, claro, e todas elas de altíssimo nível). Um aprendizado para quem gosta de escrever tanto quanto ler.

Quando eu crescer quero ter sacadas como Douglas Adams. Quero viver uma vida cheia de ironias para esquecer que sou quase como Marvin.

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Marvin: que ótimo, alguém se comparando a mim…

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