Ma Mère

Ma Mère (2004)
Título em português: Minha Mãe

Recomendado numa discussão sobre “pessoas bizarras e doentes”, o filme é bem tenso. Vejamos: temos um filho católico, uma mãe puta, um pai submisso e “doente” e um cenário paradisíaco – mas conhecido por suas noites nada tediosas (as Ilhas Canárias, da Espanha).

Logo no início, temos uma rara sinceridade de um pai dizendo ao filho que sua vida mudou após seu nascimento e que ele usa uma máscara desde então, com saudades da vida independente e liberal de outrora. Claramente um filho indesejado, um acidente. Mas o pai sabe que a mãe é pior: “não a culpe”, diz ele ao filho. A máscara dela é um peso ainda maior.

A mãe logo revela o que é. E o garoto aceita aos poucos, não sem antes descobrir a sala da perversidade de seu pai. A cena é bem tensa, bem pesada. Um aviso pelo que vem à frente, com mais situações desnecessárias.

Quem aguentar assistir a tudo isso terá na segunda metade do filme algo mais leve e interessante, mas ainda tenso. A cena em que o filho pede à sua “amiga” para mostrar o que sua mãe já fez (num artifício para que ele aceite o que ela é) não deixa de ser pesada, mas é memorável. O ponto alto da história.

Claro que um enredo assim não terminaria bem. O título do filme dá a dica: o amor de um filho que, já um jovem adulto, descobre o que sua mãe é de verdade. Um amor que ele nutre desde sempre, mesmo não tendo convivido com ela por alguns anos. O fim é previsível. A forma como isso acontece é que incomoda.

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