Lá fora, chove

Pequenas histórias do interior me encantam, apesar de não serem suficientes para me dar vontade de deixar uma megaLOLpole como São Paulo.

Lembro de um fato que um dos pretos do #gamerom contava. Não sei quem é: se um de vocês que estão lendo lembrar (ou se for VOCÊ), deixe um recado após o Michael.

Tal pessoa dizia que toda manhã aparecia no horizonte um senhor que iria buscar, numa padaria, quatro pães e um leite. Todos os dias, todas as manhãs, faça chuva ou faça sol, lá no horizonte aparecia o senhor.

E o autor dessa história (real?), filho do dono da padaria, já preparava os pães e o leite do velho, assim que o avistava. Sem nem saber seu nome: eles não trocavam palavras. Apenas pães, leite e dinheiro.

O cotidiano às vezes pode ser mágico, basta prestar atenção.

Assisti a “Carne”, um curta do meticuloso Gaspar Noé que antecede a “Sozinho contra todos”, já comentado por aqui.

É a história resumida do açougueiro contada no início de “Sozinho…”, mas em versão extendida (40 minutos) com mais sangue quente, sangue frio, sexo e carne de cavalo.

O curta foi filmado em 1991. Sozinho contra todos foi lançado em 1998. Assistindo a um e a outro fica quase impossível notar diferenças na câmera, no som, no visual dos personagens e, principalmente, na fotografia do filme. Seis ou sete anos que parecem apenas seis ou sete meses.

“Sozinho contra todos” não deixou nenhuma dúvida, portanto “Carne” não responde a nada. Mas é curioso reviver a história do açougueiro, ver como tudo aconteceu e apreciar sua carne de cavalo. Não sem antes assistir a um cavalo sendo morto.

Enfim, um trabalho meticuloso.

Meticuloso. Ahn? Hein? Me-ti-cu-lo-so.

Faço isso só pra forçar um comentário seu, Ca 😛


Long live the king: Meticulosos e perfeccionistas como eu, ATOOOROOONNN.

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Uma resposta to “Lá fora, chove”

  1. Renan Says:

    Coitado do cavalo… .-.

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