Atoron. Atooooooroonnn perigo.
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Esse povinho insiste em glorificar notas para games. E o povinho que escreve se acha a última palavra em crítico de arte. Pois bem. Passei dias analisando análises (essa foi boa) de FIFA 10 pela internet e não ví uma linha sequer sobre os insuportáveis bugs do jogo.
É a “verdadeira simulação do futebol”? Sim, é. É divertido e com jogo online perfeito? Com certeza. Não tiro os méritos. É um puta jogo de futebol, para quem gosta de futebol. Principalmente quando você joga com ou contra alguém, preferencialmente que também goste de futebol.
Mas experimente jogar sozinho. FIFA 10 tem mais de 60 bugs só em um dos modos de jogo. Em outro modo, sofri o absurdo de empatar um jogo sofrido e, no campeonato, tal empate ser considerado uma derrota. Como assim, porra?
Uma coisa é ficar de mimimi pra bola que sobe demais, física boba e coisa e tal. Outra coisa é você ganhar ou empatar um jogo, “vencer”, e o jogo dizer que você perdeu.
Sério, que porra de “crítico” dá nota 10 para um jogo com bugs tão absurdos? Que empresa libera um produto tão problemático? Filmes podem ter seus cento e tantos erros, mas que produção sai ao mercado com um erro tão crasso que afeta seu enredo ou o fim da história?
Não, calma. Vamos falar dos “críticos”. Como esses caras analisam esses produtos? Como querem ser “comparados justamente” aos colegas críticos de outros produtos de entretenimento e arte?
Por isso que jornalista de games nunca será jornalista. Nunca. O cara nunca vai jogar de fato, nunca vai jogar por mais de 2 horas (tempo considerável de um filme, por exemplo), nunca vai encarar o fato de que ele esta fazendo uma análise de um produto que exige dedicação e várias e várias horas de jogo…
Os 60 e tantos bugs diminuiriam meio ponto caso eu fosse analisar FIFA. Mas o erro imperdoável de encarar meu empate como derrota tirariam dois pontos.
Um erro tão absurdo que me tirou toda a vontade de jogar FIFA 10. Fim.